Para o MP, uma organização criminosa, formada por secretários municipais e ocupantes de cargos de chefia e assessoramento, fechou acordos com empresários, de modo a direcionar contratos durante processos de licitação.
Em fevereiro, os promotores denunciaram 25 pessoas por crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de capitais e falsidade documental. Após análise da investigação, o juiz da Vara Única de Embu-Guaçu decretou a prisão preventiva de um servidor, o afastamento de um secretário municipal e de uma servidora, e determinou 55 mandados de busca e apreensão na prefeitura, na Câmara de Vereadores, em sedes de empresas, além de imóveis residenciais.
Para o cumprimento daquela primeira decisão atuaram 17 promotores de Justiça e cerca de 200 policiais militares. Na ocasião foram apreendidos aproximadamente R$ 1,2 milhão e US$ 50 mil em espécie, além de cinco armas de fogo de uso restrito.
Na manhã desta sexta-feira (19), com o apoio da Polícia Militar, o MP realizou a segunda etapa da Operação Píton. O juiz determinou o afastamento de mais um servidor municipal e proibiu um empresário de firmar novos contratos com o município, frequentar repartições públicas e manter contato com os demais investigados.
Um homem foi preso em flagrante e a operação apreendeu duas armas de fogo, dispositivos eletrônicos e documentos.